julho 05, 2008

“The Western Island of Scotland” – Martin Martin. Um livro com 300 anos inspirador de dois Single Malt Islay Whisky da Bruichladdich.

Em 1695 o viajante e escritor Martin Martin, escreveu sobre dois whiskies, que 300 anos mais tarde estariam na origem de duas gamas revivalistas de single malt whisky da Bruichladdich.
O primeiro nasce de um dos relatos escritos de Martin Martin. Por ele é referido um “triple-distilled” whisky com o nome de trestarig (trace-arak).

Este whisky foi por Martin bebido como forma de combater o extremo frio das Western Isles. Utilizando este conhecimento, em Julho de 2005 a Bruichladdich produziu o primeiro single Islay malt whisky, três vezes destilado, o “Trestarig”, com 84% ABV, e amadurecido em cascos de ex-Buffalo Trace Bourbon.

O segundo destes single malt whisky revivalistas é o X4.
Elaborado em Março de 2006 pela Bruichladdich, é o primeiro single malt quatro vezes destilado, jamais produzido em Islay, tendo o registo recorde de 90% de alcool e sendo amadurecido em cascos carvalho americano.
A inspiração para este X4, foi mais uma vez o livro de Martin. No seu livro “The Western Island of Scotland” é referido um whisky quatro vezes distilado a que era dado o nome de usquebaugh –baul (denominação gaélica para “perilous whisky”). Essa referência contêm o que é por muitos tido como a primeira Nota de Prova sobre um whisky, vale a pena ler:

“....the first taste affects all the members of the body: two spoonfuls of this last liquor is a sufficient dose; and if any man should exceed this, it would presently stop his breath, and endanger his life.”.

Uma parte deste texto é referido no livro de Stuart RivansWhisky Dream – Waking a Giant”.
Achei útil utilizá-lo fundamentalmente por três razões.
A primeira, reside no facto de ser particularmente apreciador dos single Islay malt whisky cask strength.
A segunda porque é meritório e deve constituir exemplo, a força, coragem, audácia e inovação que se utilizou na reconversão da destilaria de Bruichladdich.
A terceira e última, a utilização do conhecimento escrito antigo, tão rara nos dias de hoje, como fonte de inspiração, adaptação e criação de um novo produto.

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