Não passa de cevada, levedura, água, fogo e ar, a que se acrescenta um processo de destilação e amadurecimento que nada têm de misterioso. Assim nasce o melhor single malt!
Aparentemente qualquer um de nós, do mais "grunho e básico" ao mais "erudito e especialista" consegue juntar estes produtos e destilar o seu whisky!!. ... estão enganados!
Tudo começa pela escolha minuciosamente da cevada, para que lhe seja expurgada todos os outros grãos, após esta fase de cariz tipicamente "racista", a cevada é macerada através do mergulho em grandes cubas de água.
Tudo começa pela escolha minuciosamente da cevada, para que lhe seja expurgada todos os outros grãos, após esta fase de cariz tipicamente "racista", a cevada é macerada através do mergulho em grandes cubas de água.
Após este "baptismo" é espalhada num solo de cimento onde é revolvida. Ao fim de oito dias, a cevada germina e em paralelo aparecem pequenos embriões de raiz. Quatro ou cinco dias mais tarde, seca e muda de aspecto. Nesta altura, os malteadores consideram que a cevada está “maltada”. A primeira fase está concluída!.
O agora, malte, é levado para a "casa do forno", onde é estendido sobre folhas de metal perfurado e colocado em fogo de turfa que o aquece, seca e fuma. Nesta fase começa a adquirir os primeiros aromas que diferenciam os whiskies de Islay a Speyside.
Quando se pensa que o malte verde já está impregnado do sabor da turfa que conservará até ao momento em que o whisky entra em contacto com o nosso paladar, junta-se carvão de coque e antracite à turfa, para obter uma temperatura de 71° C.
Após ter sido submetido "à prova" do fogo depois da da água, o malte repousa calmamente durante dois meses.
De seguida a este período "sabático" retiram-se-lhe os embriões de raiz, secos, que poderão servir para alimentar gado. O malte propriamente dito, é esmagado e moído num moinho (milling)circulante de concepção apropriada e despejado, depois de pulverizado, numa cuba com pés, em forma de bacia circular denteada. As pás da cuba são movidas por um sistema de engrenagens e rodam sem fim para remexer o malte na água fervente.
De seguida a este período "sabático" retiram-se-lhe os embriões de raiz, secos, que poderão servir para alimentar gado. O malte propriamente dito, é esmagado e moído num moinho (milling)circulante de concepção apropriada e despejado, depois de pulverizado, numa cuba com pés, em forma de bacia circular denteada. As pás da cuba são movidas por um sistema de engrenagens e rodam sem fim para remexer o malte na água fervente.
Adiciona-se água, quatro vezes, cada vez mais quente, para extrair do malte as matérias solúveis. A solução obtida é denominada wort.
As duas primeiras águas chamam-se sparge. A água posta em infusão, à saída da cuba, passa por uma máquina refrigeradora que lhe baixa a temperatura para os 24° C que convêm à levedura. De seguida é introduzida nas cubas de fermentação chamadas dos.
A terceira e quarta águas servirão de sparge para uma ulterior extracção. O resíduo que subsiste, o draff, também poderá servir para alimentar gado.
Junta-se a levedura ao wort em tinas. Estes recipientes são cubas de fermentação, por vezes de pinho ou de outra qualquer conífera, mas mais frequentemente de aço.
A terceira e quarta águas servirão de sparge para uma ulterior extracção. O resíduo que subsiste, o draff, também poderá servir para alimentar gado.
Junta-se a levedura ao wort em tinas. Estes recipientes são cubas de fermentação, por vezes de pinho ou de outra qualquer conífera, mas mais frequentemente de aço.
Começa a fermentação, com os elementos activos da levedura a transformar o açúcar do wort em álcool e gás carbónico. Este último evapora-se e dissipa-se no ar ambiente. O álcool fica no wort que titula nesta fase cerca de 5°.
A matéria muda outra vez de nome. Começou por ser cevada, depois malte, wort e agora wash.
Quando o wash começa a escoar para os alambiques inicia-se a destilação.
Para produzir o single malt, os destiladores recorrem a processos que mais parecem inspirados em magia do que em ciência: a forma do aparelho de destilação exerce grande influência na qualidade do whisky obtido.
Quando um destilador pretende construir um novo aparelho de destilação, raramente consegue atingir o esplendor do antigo e acaba finalmente, em desespero de causa, por o mandar copiar, sem omitir o mais pequeno detalhe, inclusivamente as peças pregadas, marteladas ou furadas nos mesmos sítios.
Após acabada a sua primeira destilação, o produto volta a mudar de nome e passa a chamar-se low wine, porque ainda não atingiu todo o seu vigor.
Durante a segunda destilação, o destilado mais claro e mais forte é levado para o spirit receiver vat (cuba que serve para receber o espirituoso) e passa, enfim e finalmente, a chamar-se whisky.
Este whisky crú titula, então, cerca de 58°. Será preciso diluí-lo com um pouco de água pura de nascente, para o meter em pipa titulado a 55,5°.
O destilador obteve, neste momento, entre 1 litro e 1,4 litros de whisky por cada alqueire de cevada (35,24 litros). Contudo, o seu produto perderá uma boa parte do seu teor em álcool e em volume durante o envelhecimento em pipa.
O teor em álcool diminuirá mais rapidamente que o volume, em clima húmido. Em clima seco acontecerá o inverso.
As evaporações representam uma massa prodigiosa. Reparem nesta "bandalheira"!: evaporam-se para o ar cerca de 11 milhões de litros de whisky por ano. Não entendo porquê que não existe aqui, um micro-processo de condensação fazendo chover .....whisky!!!!
A pipa/casco introduz uma contribuição final ao esplendor do whisky que melhora consideravelmente com a idade – em pipa, não em garrafa.
A matéria muda outra vez de nome. Começou por ser cevada, depois malte, wort e agora wash.
Quando o wash começa a escoar para os alambiques inicia-se a destilação.
Para produzir o single malt, os destiladores recorrem a processos que mais parecem inspirados em magia do que em ciência: a forma do aparelho de destilação exerce grande influência na qualidade do whisky obtido.
Quando um destilador pretende construir um novo aparelho de destilação, raramente consegue atingir o esplendor do antigo e acaba finalmente, em desespero de causa, por o mandar copiar, sem omitir o mais pequeno detalhe, inclusivamente as peças pregadas, marteladas ou furadas nos mesmos sítios.
Após acabada a sua primeira destilação, o produto volta a mudar de nome e passa a chamar-se low wine, porque ainda não atingiu todo o seu vigor.
Durante a segunda destilação, o destilado mais claro e mais forte é levado para o spirit receiver vat (cuba que serve para receber o espirituoso) e passa, enfim e finalmente, a chamar-se whisky.
Este whisky crú titula, então, cerca de 58°. Será preciso diluí-lo com um pouco de água pura de nascente, para o meter em pipa titulado a 55,5°.
O destilador obteve, neste momento, entre 1 litro e 1,4 litros de whisky por cada alqueire de cevada (35,24 litros). Contudo, o seu produto perderá uma boa parte do seu teor em álcool e em volume durante o envelhecimento em pipa.
O teor em álcool diminuirá mais rapidamente que o volume, em clima húmido. Em clima seco acontecerá o inverso.
As evaporações representam uma massa prodigiosa. Reparem nesta "bandalheira"!: evaporam-se para o ar cerca de 11 milhões de litros de whisky por ano. Não entendo porquê que não existe aqui, um micro-processo de condensação fazendo chover .....whisky!!!!
A pipa/casco introduz uma contribuição final ao esplendor do whisky que melhora consideravelmente com a idade – em pipa, não em garrafa.
Envelhece, geralmente, em tonéis de carvalho da América ou Espanha.
O destilador, utiliza normalmente pipas já utilizadas de bourbon, jerez, madeira ou porto.
As pipas de whisky chamam-se butts se contêm mais de 364 litros; hogsheads se contêm entre 205 e 364 litros; barrels para uma capacidade entre 160 e 205 litros e quarters para uma capacidade inferior a 136 litros. Os octaves contêm entre 41 e 68 litros. Existem três tipos de butts denominados, segundo a forma: puncheon, pipe ou simplesmente butt.
Finalmente o nectar está pronto para ser engarrafado, podendo ser diluído com adição de água doce dos lochs e filtrado, para obter as graduações necessárias, sendo sempre superior a 40%.
As pipas de whisky chamam-se butts se contêm mais de 364 litros; hogsheads se contêm entre 205 e 364 litros; barrels para uma capacidade entre 160 e 205 litros e quarters para uma capacidade inferior a 136 litros. Os octaves contêm entre 41 e 68 litros. Existem três tipos de butts denominados, segundo a forma: puncheon, pipe ou simplesmente butt.
Finalmente o nectar está pronto para ser engarrafado, podendo ser diluído com adição de água doce dos lochs e filtrado, para obter as graduações necessárias, sendo sempre superior a 40%.
E fim... ainda bem que a "carraspana" está quase morta, é importante saber como se faz, mas gosto bastante mais de bebê-lo!!!!
Um comentário:
Depois de ler este texto fiquei com uma vontade enorme de produzir um pipo deste nectar tão envolvente.
Ou então ser uma daquelas nuvens...
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